La Chica Mor: Priscilla Barreto

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Essa tal de felicidade gournetizada




A Bastante tempo estava com esse tema na cabeça mas queria encontrar o timming perfeito para falar sobre o tema com vocês. 

Segundo a wikipedia, o termo gournet se refere a um ideal cultural associado a arte da culinária, da boa comida e bebida. Assim, um vinho ou uma coxinha podem ser gourmet dependendo da experiência que elas representam. 


Por outro lado tenho percebido cada vez mais, estamos cercados dentro uma bolha , e acabamos disputando despertadamente os mesmo, produtos, serviços, lugares e quem diria até nossa opinião .
Isso se agravou com a popularização das midias socias. Hoje, todo mundo acaba tendo conhecimento de tudo o tempo todo, em qualquer lugar e qualquer coisa, por mais insignificante que seja rápido vira objeto de desejo. 



É claro que é natural do ser humano a necessidade de se sentir único, especial "VIP" , ainda mais em um mundo onde tudo é cada vez mais acessível não é de se estranhar que produtos e serviços todos como "premium" e agora gournet (sim olha ele!).







Mas o que tudo isso tem a ver com a felicidade? Como conseguencia dessa busca constante por ser "o primeiro e único" e estar sempre na frente , um feno meno me prendeu a atenção : a gournetização da felicidade.

Pois é amiguinhos e amiguinhas, de repente parece que a felicidade nossa de cada dia, virou algo banal e até um sinal de comodismo, não basta ser feliz nós só vamos nos sentir inteiramente satisfeitos quando fizemos algo realmente  grandioso ou espetacular. 




A impressão que eu tenho é :atualmente não basta ser apenas magra: tem que ter  a barriga negativa, a bunda na nuca.... Vou mais além: Não basta estar insatisfeito com seu trabalho, é preciso pedir demissão e se tornar um empreendedor hyspster, jovem e de sucesso. As férias não são férias se não incluírem paisagens paradisíacas, ou o relacionamento não é feliz se não for "relacionamento de instagram". 

Para complicar, no mundo de hoje é quase impossível não ser lembrado o tempo todo de que em algum outro lugar, alguém está fazendo algo muito mais legal do que você, e infelizmente caímos quase que inconscientemente medindo a nossa vida com a dos outros. 


E, nessa busca constante pelo extraordinário, pela diferenciação e pela exclusividade, nos sentimos cada vez mais perdidos, inadequados e infelizes, pois é impossível viver uma vida sem nenhum tipo de dor ou frustração.

Pelo menos para mim  felicidade real é aquela que arranca um sorriso da gente, que sentimos calados e dividimos com poucos. Coisa bem rara nos dias de hoje...







               Bisous, 

                Pri 

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